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sábado, 19 de março de 2011

Estudo Bíblico para o culto de doutrina da Igreja Betel Geisel
Publicado em 15/03/2011 por josiasmoura
Mefibosete: A superabundância da Graça
Texto base: II Samuel 9:1-13
“….mas onde abundou o pecado, superabundou a graça". ‘ Romanos 5: 20

INTRODUÇÃO
A graça de Deus é um dos pilares da doutrina da salvação. Enquanto o termo graça aparece com freqüência no Novo Testamento, no Antigo é usado o termo misericórdia. Os dois são equivalentes. Somos salvos pela graça de Deus, Ef 2: 8. Os reformadores do século XVI reafirmaram essa doutrina, em oposição ao ensino da salvação pelas obras.
Hoje estudaremos a narrativa de II Samuel 9: 1-13, que relata a história de Mefibosete. Neste texto, existe uma tipologia da graça redentora de Deus revelada na pessoa de Jesus. Esta passagem pode ser vista assim: o amor de Davi a Mefibosete é uma figura do amor de Deus ao homem; Mefibosete é uma figura da raça humana; Lo-Debar, cidade onde morava Mefibosete, tipifica o mundo, e Jerusalém "Casa da Paz", a Igreja.
Significado do nome de Mefibosete: "Vergonha destruidora" é o significado do seu nome. Era filho de Jônatas e neto de Saul. Como conse­qüência de uma que­da, ficou coxo dos pés, II Sm 4: 4. Mefi­bosete passou a mo­rar em Jerusalém de­pois da morte de seu pai, à convite do rei Davi, II Sm 9:13.
I – O FRACASSO DA HUMANIDADE
Mefibosete era neto do rei Saul. Os filisteus, em batalha contra Israel, haviam matado Saul, seus filhos, inclusive Jônatas, pai de Mefibosete. Sua ama, tentando proteger o menino de 5 anos, fugiu, mas houve uma queda e a criança ficou aleijada, II Sm 4: 4. Esse fato ilustra a história da queda do homem no Jardim do Éden, Gn 3. Vejamos:
a) Resultado da queda, II Sm 4: 4. Mefibosete ficou aleijado de ambos os pés devido à queda. Tornou-se depen­dente de favores. Como resultado da desobediência de Adão e Eva, a humanidade também sofreu problemas físicos e espirituais. O homem sem Deus não tem vida própria, Ef 2: 1. As doenças, os problemas e toda dificuldade que atormen­tam a humanidade têm suas origens no pecado original;
b) Todos caíram, Rm 3: 23. O fracasso do homem no Éden marcou a queda de toda humanidade. Em Adão, todos pecaram e afastados estão da glória de Deus, Rm 5: 12. O salmista declarou: "Eu nasci na iniqüidade…", SI 51: 5. O pecado de Adão foi resultado de sua desobediência e cobiça.
II – RESTAURAÇÃO CONCEDIDA, II Sm 9
Mefibosete, que antes morava em Jerusalém, foi levado pela sua ama para Lo-Debar. Esta palavra tem o sentido de "lugar árido, deserto". No segundo ano de seu reinado, Davi soube da existência de Mefibosete, filho de Jônatas. Queren­do usar de misericórdia, mandou buscá-lo para viver no palácio, em Jerusalém. A atitude de Davi de enviar seu servo Ziba para buscar Mefibosete, fala da atitude de Deus ao enviar Jesus ao mundo para salvar os pecadores. O homem, após o pecado, passou a viver distante de Deus, desprovido de seu amor e bondade. Mas Deus veio ao seu encontro, através de Jesus, para resgatá-lo.
a) O amor de Deus, v. 7. Davi havia feito um pacto com Jônatas, comprometendo-se a demonstrar bondade à sua família, I Sm 20: 11-23, 42. Causa admiração a gene­rosidade desse ato de Davi, mas isto falava da velha aliança que ele fizera com Jônatas. Assim, também, o sofrimento e morte de Jesus são prova do amor de Deus pela humanidade e cumprimento de suas promessas, Gn 3: 15 e Jo 3: 16;
b) "Miserável homem que sou", v. 8. Mefibosete humilha-se ao encontrar-se com o rei Davi: "Quem é teu servo, para tu teres olhado para um cão morto". Sua atitude fala da miserabilidade do homem, Rm 7: 24. À semelhança de Davi, que restitui a Mefibosete todas,as terras que lhe eram devidas, em Cristo podemos reconquistar as bênçãos perdidas com a queda de Adão, Is 53: 5 e Fp 4: 13;
c) Participando da mesa do Senhor, v. 10. Agora Mefibosete tem uma nova vida. Passa a viver no Palácio. Que privilégio! Pela bondade do rei, ele iria comer à mesa do rei Davi pelo resto da vida, 9: 13. O salvo em Cristo também tem a honra de participar da mesa do Senhor, I Co 11: 24-28, ou seja, desfrutar da comunhão com Deus.
III – A SUPERABUNDÂNCIA DA GRAÇA, Rm 5: 20
A vida de Mefibosete é fruto do favor imerecido conce­dido por Davi. Não fosse a imensa bondade do rei, ele jamais teria voltado a Jerusalém. Mas o ato de benevolência salvou, restaurou e protegeu este homem. Descrever a extensão da graça de Deus seria impossível. No entanto, vejamos em que se resume a superabundância da graça divina:
a) Graça salvadora, Ef 2: 8. Ninguém é salvo porque merece, ou porque pratica boas obras. Salvação não se compra, mas se recebe pela fé em Jesus, Rm 10: 9. A graça salvadora aponta para um só caminho que conduz o homem ao céu: Jesus, Jo 14: 6 e I Tm 2: 5;
b) Graça protetora, Mt 6: 13. Torna reais a prote­ção, o cuidado e o amor do Senhor para com os seus. Não fosse a graça protetora de Deus, Asafe teria fracassado, SI 73: 2. Nenhum cristão precisa viver sob a pressão do medo de um fracasso. Ele deve estar certo de que a graça de Deus o cerca, protege e ampara, livrando seus pés do pecado;
c) Graça restauradora, I Co 10: 12. O cristão está sujeito a pecar. Quando isso ocorrer, ele deve buscar forças em Deus e voltar-se para o aprisco do Senhor. A graça restauradora dá ao fracassado o perdão divino, I Jo 1: 7 e 2: 9. Deus não condena os pecadores que se arrependem.
À semelhança de Mefibosete, que fora trazido de Lo-De-bar para Jerusalém, o salvo em Jesus tem o direito de vida eterna. Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, Cl 1: 13. Sendo salvos, iremos morar para sempre com o Senhor na Nova Jerusalém, Jo 5: 24, 1 Ts 4: 17 e Ap 21: 27.
Na próxima semana estudaremos sobre o tema: Elias, o perigo da falsa religião. Não perca este estudo. Até lá!
Pr. Josias Moura de Menezes

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